Silent Hill - Review


Game: Silent Hill
Produtora: Konami
Ano: 1999
Gênero: Survival Horror
Classificação: 17+
Plataforma: Playstation
Jogadores: 1





Prepare-se para uma viagem no lado mais obscuro de sua mente. Neste título a konami caprichou no terror psicológico, como nunca antes visto, criando um dos maiores clássicos do Survival Horror de todos os tempos.



Muito mais que zumbis ou um enredo previsível, o game apela pelo inexplicável e o surreal. Silent Hill é uma cidade americana com um passado obscuro, onde antes da colonização dos ingleses os indigenas locais consideravam a área como um local sagrado e realizavam diversos rituais, eles referenciavam a região como "o local dos espiritos silenciados".

Após a colonização uma terrivel epidemia tomou conta dos habitantes, e todos a anbandonaram. Com a guerra de 1812 a cidade é repovoada como uma colônia de prisão, e lá muitas pessoas morrem ou se encontram num sofrimento constante, aumentando e distorcendo a energia da cidade gradualmente. Outra epidemia ocorre como um surto de loucura e pessoas começam a desaparecer misteriosamente, Silent Hill se torna uma cidade turistica em decadência.


Um curioso culto religioso ainda vive entre os excêntricos habitantes, eles são completamente fanáticos e não medem esforços para seguir os seus ensinamentos "divinos".

Partindo para a época em que o game acontece, você será Harry Mason, um escritor viúvo com uma filha adotiva de nome Cheryl, a qual foi encontrada num cemitério há seis anos por Harry e sua esposa. Cheryl parece sempre falar da cidade de Silent Hill, e durante as férias Harry resolve então viajar para lá com ela. Na estrada a estranha aparição de uma jovem próximo da cidade faz Harry desviar e bater o carro. Ele desmaia (aparentemente) e ao acordar, Cheryl não está mais ao seu lado.

Começa então sua busca por Cheryl na misteriosa cidade tomada pela solidão e uma densa neblina. Mal sabe ele a ligação que sua filha tem com o lugar e o pesadelo que lhe aguarda a cada esquina.










Em Silent Hill você possui certa liberdade para explorar as ruas da cidade, as quais escondem itens indispensáveis para sua sobrevivência, assim como monstros bizarros que surgirão para lhe atormentar. O que seriam eles
? Por que estão aqui? Onde está todo mundo? Eles existem devido a mente pertubada de alguém, são a materialização dos seus maiores medos, neste caso de uma jovem garota de nome Alessa Gillespie a qual foi vítima de um ritual macabro realizado pelo culto e liderado pela sua própria mãe Dahlia Gillespie, que a carbonizou viva mas não a matou, ela foi uma espécie de mártir.

Cheryl na verdade carrega uma parte da alma de Alessa, a bondade que ainda restou de sua essência, por isso ela foi atraída a cidade, para se tornar completa novamente.


Como o lugar é amplo, o mapa é fundamental, mostrando em detalhes os sombrios pontos turisticos e comerciais de Silent Hill. Na medida em que se explora os lugares, Harry vai fazendo anotações importantes para que o jogador não se perca completamente.


Existe um rádio que causa interferência sempre que há algum monstro ou presença maligna por perto. O rádio obviamente não indica a localização da criatura, mas o barulho se intensifica na medida em que você estiver se aproximando dele. Você nunca sabe de onde o perigo vem a primeira vista, aumentando o fator medo.



A escuridão e a solidão são quase constantes no jogo, contando somente com uma pequena lanterna de bolso para iluminar seus caminhos. Em alguns pontos você encontrará a perturbada enfermeira Lisa Garland, o misterioso Dr. Kauffman e a policial Cybil Bennet que parece tão confusa com a situação quanto o próprio Harry. Além das ruas você visitará o interior de diversos ambientes da cidade, como um hospital, uma escola, lojas, e outros locais mais simples.


Por falar em escuridão e ambientes, o terror fica ainda mais intenso quando o chamado “otherworld” aparece. Um universo paralelo presente em Silent Hill. Lá é onde seus pesadelos (ou os de outra pessoa, neste caso de Alessa) tomam forma, existe muito sangue, corpos mutilados, gritos de horror, paredes e pisos metálicos e ensangüentados e ainda mais criaturas surgindo da escuridão infinita.

Harry contará com armas brancas e de fogo para enfrentar as aberrações. Cada uma apresenta vantagens e desvantagens em seu uso. Algumas armas brancas garantem “boas” cenas de violência e sangue. E quando os monstros agonizam no chão, um chute de misericórdia é necessário para evitar que voltem a atormentá-lo.










A jogabilidade é um pouco dura, mas não deixa a desejar, afinal Harry não é um super herói com poderes mágicos, mas um simples escritor, um homem comum. Portanto ele cansará ao correr muito, baterá nas paredes, errará tiros de longa distância e não terá longos combos com armas brancas. Você de certa forma sentirá o “esforço” de Harry através do joystick.



Os enigmas são muito bem desenvolvidos, envolvendo lógica, raciocínio, interpretação de textos e até contas matemáticas.

A trilha sonora composta pelo grandioso Akira Yamaoka é impecável e surreal, se encaixa perfeitamente no clima do jogo. Mediando os momentos mais tranqüilos e os mais aterradores, e até o silêncio foi muito bem trabalhado no jogo.


Os gráficos foram uma revolução na época, com ambientes em 3D, onde a câmera na maioria das vezes pode ser controlada por você. A neblina da cidade foi feita inicialmente para disfarçar as texturas dos vastos cenários, o que exigiria muito da capacidade gráfica, deixando o jogo lento. A idéia da névoa foi um sucesso e acabou se tornando uma marca registrada da franquia, voltando nos jogos posteriores.

Silent Hill possui múltiplos finais que variam de acordo com suas ações no jogo e liberam extras diferentes ao serem feitos. Ou seja, o fator replay é bem valorizado.

O aspecto mais peculiar está no enredo, que mistura elementos da parapsicologia, filosofia, religião, simbologia e até a poesia está integrada no jogo. Nada é explicado nos mínimos detalhes, e o jogador deve enxergar nas entrelinhas para entender ou buscar uma coerência.

Prós: Terror psicológico de primeira qualidade; Grandes áreas exploráveis; Múltiplos finais.

Contras: Alguns enigmas muito dificeis; Necessidade de olhar constantemente o mapa para não se perder.

Gráficos: 9.0
Som: 9.0
Jogabilidade: 8.0
Diversão: 9.5

1 Response to "Silent Hill - Review"

  1. Anônimo says:

    Melhor jogo de survivor horror já feito!

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